MADRUGADAS
II
Manhãs dos outros! Ó sol que dás confiança
Só a quem já confia!
É só à dormente, e não à morta, ‘sperança
Que acorda o teu dia.
A quem sonha de dia e sonha de noite, sabendo
Todo o sonho vão,
Mas sonha sempre, só para sentir-se vivendo
E a ter coração,
A esses raias sem o dia que trazes, ou somente
Como alguém que vem
Pela rua, invisível ao nosso olhar consciente
Por não ser-nos ninguém.
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