Espelha-se, fora do eu ser eu, a lua
Na águas do meu ser independentes...
Meus pensamentos, sóbrios ou doentes
Nunca saem p'ra fora do meu ser.
No barco ao pé da margem, ao mover
O remador os remos, fica tudo...
A noite é clara, o coração é mudo
E a palavra que eu vou dizer, e fora,
A ser dita, a noção na alma da hora,
Passa como um murmúrio vão do vento...
E eu, só na noite com o meu pensamento
Não me distingo do que me rodeia...
E então é só real a lua cheia...
Sem comentários:
Enviar um comentário