Traze, da neve e do
luar,
Tudo o que o branco diz
de bem.
Vem tudo aqui me
desfolhar
Onde me sento a
descansar
De não ter sido mais
ninguém.
Traze, das névoas e da
altura,
Tudo que o longe diz de
si.
Vem tudo aqui me dar, na
alvura
Desta manhã que
transfigura
Em longe tudo o que há
aqui.
FERNANDO PESSOA, 23 DE
FEVEREIRO DE 1932
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