Os dias que tenho.
Depois de passarem
Já não os apanho.
De aqui a tão pouco
A vida acabou.
Vou ser um cadáver
Por quem se rezou.
E entre hoje e esse dia
Farei o que fiz:
Ser eu qual não sei ser
Feliz ou infeliz.
FERNANDO PESSOA, 28 DE MARÇO DE 1931
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos sonhos do mundo. (Fernando Pessoa)
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