Da maresia
Sobe no esplendor acre
Do dia.
Falsa, a ribeira é lodo
Ainda a aguar.
Olho, e o que sou está todo
A não olhar.
E um mal de mim deixa.
Tenho lodo em mim...
Ribeira que se queixa
De o rio ser assim.
FERNANDO PESSOA, 27 DE MARÇO DE 1931
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos sonhos do mundo. (Fernando Pessoa)
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