Na 'sperança que perdi,
Flor do meu pensamento,
Hálito do que morri...
Inútil, irreal sorriso
Na penumbra de pensar...
Eu da vida que preciso?
O sonho com que a negar.
Vago luar de promessa,
Resto de sombra a morrer
Na antemanhã que começa
Ah, ter-te, e nunca viver.
FERNANDO PESSOA, 26 DE FEVEREIRO DE 1920
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