Profunda e religiosa solidão do indefinido
Universo,
Vastidão enorme, nem larga nem alta nem comprida, mas só espaço, o constelado espaço Deste mistério azul-negro e estrelado onde a terra é uma coisa E as vidas aparecem como lanchas à superfície da água... Raios de sol entrando pela janela entreaberta no quarto da casa de campo, Meios-dias nas eiras abandonadas, Tardes noites para encontros em outras margens de rios, Fazei do nosso conseguimento natural um sossego, uma capa E descei sobre a minha alma... Vós ó campos repousados e incivilizados. Vós ó rios tranquilamente passando por uma inquietação. Vós ó jardins públicos às tardes visitados Vós ó tanques de quintas, vós ó lareiras em solares, E disperso arfar de sedas pretas o silêncio da noite.
ÁLVADE CAMPOS, SEM DATA
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quinta-feira, 14 de maio de 2015
POEMA SEM DATA
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