Mas eu, que em toda a
parte
Sou peregrino e
estranho,
Que por nenhuma arte
Felicidade tenho,
Ouço-te sem saber
Se me alivia ou não
Teu canto a estremecer
Dentro em meu coração.
Sinto mais a alegria
Do teu canto, ou a dor
Que esse canto alumia
Mostrando-ma melhor?
Não sei, e uma incerteza
De desconsolação
FERNANDO PESSOA, 19 DE
MAIO DE 1925
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