Andavam de noite aos
segredos
Só porque era noite...
Os bosques enchiam de
medos
Quem quer que se afoite...
Dizem palavras que param
À sombra de alguém...
Ninguém os conhece, e
passam...
Não eram ninguém...
Fica só na aragem e na
ânsia
Saudade a fingir...
Foi como se fora
distância...
Eu quero dormir.
FERNANDO PESSOA, 11 DE
FEVEREIRO DE 1931
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