Ah quem me dera a calma
De alguém me compreender e ser comigo!
Meu mais próximo amigo
Dista de mim o infinito de uma alma.
Não tenho confidente
Salvo Deus, porque ele é meu ser por dentro,
Dobro-me para o centro
Do meu ser, Deus, que me continua, ausente.
FERNANDO PESSOA, 24 DE JULHO DE 1915
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