Quem bate à porta de eu ser
Sem que eu saiba qual
a porta?
Vou começar a saber?
Vou saber que vive
morta
A esperança de
querer?
Nada. Quem bate não
bate,
E quem 'stá não pode
estar.
É inútil o rebate,
Pois no xadrez quando
há mate,
Acaba, mas sem matar.
FERNANDO PESSOA, 4 DE
MARÇO DE 1933
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