Certa ciência
antiga, sentida
Na substância da
vida,
De que não há
acabar da alma,
Qualquer que
seja a estrada que é seguida...
Fácil visão?
Crença de
muitos? Não.
Que o que sinto
tem diferença.
É uma vida, não
uma crença...
Não é meu: é do
coração.
Sol que
atingiste o ocidente,
Sei que outro te
tornarei a ver -
Um outro e o
mesmo no oriente:
Tudo é ilusão,
mas nada mente,
O Nada que é
tudo é o Ser.
FERNANDO PESSOA, 31 DE MARÇO DE 1934
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