Sim, por fim uma certa
calma.
Certa ciência antiga,
sentida
Na substância da vida,
De que não há acabar da
alma,
Qualquer que seja a
estrada que é seguida.
Fácil visão?
Crença de muitos? Não.
Que o que sinto tem
diferença.
É uma vida, não uma
crença.
Não é meu: é do coração.
Sol que atingiste o
ocidente,
Sei que outro te
tornareí a ver -
Um outro e o mesmo no
oriente:
Tudo é ilusão, mas nada
mente,
O Nada que é Tudo é o
Ser.
FERNANDO PESSOA, 31 DE
MARÇO DE 1934
Sem comentários:
Enviar um comentário