Frutos, dão-os as
árvores que vivem,
Não a iludida mente, que
só se orna
Das flores lívidas
Do íntimo abismo.
Quantos reinos nas
mentes e nas cousas
Te não talhaste
imaginário! Tantos
Sem ter perdeste,
Antedeposto.
Ah, não consegues contra
o adverso muito
Criar mais que
propósitos frustrados!
Abdica e sê
Rei de ti mesmo.
RICARDO REIS, 6 DE
DEZEMBRO DE 1926
Sem comentários:
Enviar um comentário