TÉDIO
Não vivo, mal vegeto, duro apenas,
Vazio dos sentidos porque existo;
Não tenho infelizmente sequer penas,
E o meu mal é ser (alheio a Cristo)
Nestas horas doridas e serenas
Completamente consciente disto.
FERNANDO PESSOA, 12 DE MAIO DE 1910
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos sonhos do mundo. (Fernando Pessoa)
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