Sinto um prenúncio de
morte
Dentro do meu coração.
Virá quando a der a
Sorte.
Quando vier , vem em
vão.
Porque a morte é sombra
e nada,
É só a vida vulgar
Que de um lugar é tirada
E posta em outro lugar.
Ri, alma do que
acontece!
Nada existe, salvo
seres.
A aranha da vida tece
Só teias de o não
saberes.
FERNANDO PESSOA, 16 DE
MARÇO DE 1934
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