Qual a tarde por achar
Em que teremos todos razão
E respiraremos o bom ar
Da alameda (sendo verão),
Ou, sendo inverno, baste 'star
Ao pé do sossego ou do fogão?
Qual é a tarde por voltar?
Essa tarde houve, e agora não.
Qual é a mão cariciosa
Que há-de ser enfermeira minha -
Sem doenças minha vida ociosa -
Oh, essa mão é morta e osso...
Só a lembrança me acarinha
O coração com que não posso.
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