Em segredo, não vá
Qualquer cousa erguer
O vulto de onde está
A esquecer...
Em segredo, não seja
Verdade o mundo, e
vão
Tudo quanto deseja
O coração...
Em segredo, em
segredo
Que o mais que há
seja a alada
Cousa que entre o
arvoredo
Não era nada.
FERNANDO PESSOA, 29 DE JANEIRO DE 1931
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