Alastor, ‘spírito da solidão,
Perseguiu, passo a passo, meus vãos passos,
Castigando, com vão e vis cansaços
O meu cansaço variado e vão.
Não busquei realidade ou ilusão,
Só para o próprio incerto abri os braços,
Por isso pesa nos meus membros lassos
Do Averno extremo a extrema confusão.
Longe das própria sombras desterradas
Erro excluso nas últimas estradas
Do Averno, sombra extinta em vagos níveis
Do abismo incerto, pálido e pequeno
Meu destino erradio agora peno,
Por ter amado as coisas impossíveis.
FERNANDO PESSOA, 11 DE JANEIRO DE 1918
Sem comentários:
Enviar um comentário