Bendito galo que cantas
Da noite que vai ser dia!
Parece que me levantas
Do meu ser em que eu jazia.
Teu grito estrídulo e puro
É a manhã antes dela.
Ainda bem que há futuro!
Brilha mal a última estrela.
Renovas, graças a Deus,
Teu som prolongado e claro.
Clareia a orla dos céus.
Por que penso? por que paro?
FERNANDO PESSOA, 19 DE JUNHO DE 1919
domingo, 19 de junho de 2011
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