Não sei se é amor que tens, ou amor
que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me
basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é
falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a
dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?
RICARDO REIS, 12 DE NOVEMBRO DE 1930
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