A lâmpada nova
No fim de apagar
Volta a dar a prova
De estar a brilhar.
Assim a alma sua
Deveras desperta
Quando a noite é nua
E se acha deserta.
Vestígio que ergueu
Sem ser no lugar
De onde se perdeu...
Nasce devagar!
FERNANDO PESSOA, 3 DE AGOSTO DE 1934
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