Cesário, que conseguiu
Ver claro, ver simples, ver puro,
Ver o mundo nas suas coisas,
Ser uma alma com um olhar por trás,
e que vida tão breve!
Criança alfacinha do Universo,
Bendita sejas com tudo quanto está à
vista!
Enfeito, no meu coração, a Praça da
Figueira para ti
E não há recanto que não veja por
ti, nos recantos dos seus recantos.
ÁLVARO DE CAMPOS, 6 DE ABRIL DE 1930
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