Como um grande rochedo debruçado
Sobre o mar,
Sobre meu ser anónimo e agitado
'Stou a pensar...
Vejo a emoção que como uma onda
deita
Orlas a ir
Numa minúscula mistura feita
Para se ouvir...
Vejo a vontade, como um som de vento
Fazer erguer
A 'spuma inútil, a emoção,
Para se ver...
E sempre forte, sobranceiro e inútil
O rochedo à
Praia que vê dá a protecção fútil
Do que ali está.
FERNANDO PESSOA, 8 DE AGOSTO DE 1934
Sem comentários:
Enviar um comentário