Depressa os mortos esquecem,
Ciprestes (...)
Se os que cobris soubessem
O quanto já esqueceram.
E é para isto que amamos!
Morremos: ficamos sós.
Só temos os vossos ramos
Inúteis ao pé de nós.
Mesmo o imortal lembrado,
Mesmo o que nunca morre,
Dizei se ele o sabe, alheado
FERNANDO PESSOA, 24 DE MAIO DE 1922
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