A linha da casaria
Que está dada ao sol cadente,
Do oblíquo sol pouco quente
Brilha iluminada e fria.
Assim o meu coração,
Que está dado ao desamparo
Do que na razão é raro,
E que é a pura razão,
Sente brilhar nele brando
Um resquício de saudade...
Quando tornarei, verdade
De quando era eu? Quando?
FERNANDO PESSOA, 17 DE JANEIRO DE
1934
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