As rosas amo dos jardins
de Adónis,
Essas volucres amo,
Lídia, rosas,
Que em o dia em que
nascem,
Em esse dia morrem.
A luz para elas é
eterna, porque
Nascem nascido já o Sol,
e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida
um dia,
Inscientes, Lídia,
voluntariamente
Que há noite antes e
após
O pouco que duramos.
RICARDO REIS, 11 DE
JULHO DE 1914
Sem comentários:
Enviar um comentário